Entre
os muros da escola é um filme que deixa uma sensação de desconforto porque
sentimos que estamos ali, junto daquele professor, naquela sala de aula,
assistindo como meros estagiários, uma realidade que logo será nossa. Uma
observação que nos encarrega de pensar as problemáticas na estrutura da
instituição e buscar propostas para uma melhor relação com aqueles alunos que
demonstram pouco interesse ou que se deixam levar pelas situações do cotidiano,
deixando interferir no ambiente escolar.
Falta
nessa escola representada no filme uma postura democrática no corpo estudantil
que envolva tanto os alunos, quanto os professores. O distanciamento entre eles
fica claro quando há exclusão entre melhores alunos e piores comportamentos.
Até a participação dos pais, em companhia de alunos durante as reuniões deixa
claro que existe uma tentativa de diálogo entre instituição e família, aluno e
professor, mas sem fugir do debate “comportamento do estudante em sala”.
Mesmo
que não tenha um final que deixe uma solução para os problemas da escola, o
filme nos traz questões não só de desigualdade social, mas questões que
possibilitam o despertar de uma análise mais aprofundada, já que sem a
capacidade de mudar o contexto social presente na vida dos alunos, nos
apresenta à problemática.
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