sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

As Mulheres do Século XXI

A primeira idéia que nos vem à mente quando pensamos em mulheres neste início do século XXI é a da mulher urbana, trabalhadora, realizada e feliz porque agora se viu livre do domínio machista que a condenava à inferioridade nas relações de gênero mantida por tantos séculos, inclusive a obrigação de gerar filhos. Todavia, não podemos ser ingênuas acreditando existir um único tipo “ideal” de mulher, como se ele representasse de fato todas as mulheres de hoje, de idades variadas, com os diversos problemas que enfrentam em suas comunidades e territórios, e com todos os desafios que as fazem lutar por mais dignidade, seja nas relações afetivas, na família, no trabalho ou no meio político e social em que vivem.
Mesmo considerando que são algumas mulheres urbanas, esses seres que se fizeram autônomas por terem renda própria e por se desvencilharem dos tabus e das muitas armadilhas dos preconceitos morais, as que galgaram altos cargos públicos e privados, assumindo as mesmas profissões antes reservadas exclusivamente aos homens, e que por isso são as que melhor representam, ideologicamente, a emancipação feminina, não podemos nos esquecer de outras tantas mulheres, as que ainda hoje vivem sob o jugo dos pais, dos maridos2, ou dos patrões nessa sociedade com resquícios patriarcais e da exploração capitalista desmedida, modo de vida que transformou tudo em mercadoria. Penso nas mulheres que, mesmo tendo conquistado a emancipação frente ao machismo, estão sobrecarregadas com o ônus da própria emancipação conquistada, como a dupla ou até a tripla jornada de trabalho, com o sofrimento em face das doenças antes quase exclusivas do mundo masculino, com o fardo do provimento da prole, pelo simples fato de poderem agora romper com as relações afetivas falidas.

Foi a partir dos anos 60 do século passado que o movimento de libertação das mulheres desencadeou-se como parte integrante de um movimento cultural da juventude. No final do século XX, um número expressivo de mulheres entrou no mercado de trabalho, chegando mesmo a ser em número maior do que os homens em determinados setores, como são exemplos as universidades. Em algumas empresas, os quadros femininos passaram a atingir o topo da carreira. A economia capitalista, baseada no estímulo e na criação incessante de novas necessidades, foi a que mais contribuiu para o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, de modo a que viessem a ser uma fonte suplementar de rendimentos, necessária para a realização dos sonhos da sociedade de consumo.

Entre os Muros da Escola e a Prática Escolar

Esta obra põe em questão fatores como: a indisciplina, a postura do professor, a realidade de um sistema educacional civilizador e a diversidade cultural que existe numa sala de aula, com alunos de diferentes etnias (africanos, franceses, asiáticos), a desestrutura familiar, dentre outros fatores sociais, culturais e econômicos pode influenciar positivamente ou negativamente a formação humana, onde os atores envolvidos naquele cenário eram jovens que buscavam os seus interesses para compreender a dinâmica mundial e se sentir participante de uma sociedade.
Um dos fatos que chamou a minha atenção logo no início do filme foi como a receptividade dos professores novatos à escola é discriminatória: cada um recebe o dossiê dos alunos, os quais já são rotulados pela direção e demais professores como “bons” e “maus”. Ou seja, intolerância era a palavra de ordem naquela escola, nos âmbitos: étnicos, religioso, sexual, cultural, social, intelectual.
Você pode até imaginar como daí em diante foi visível a desmotivação, o estresse e a agressividade proveniente de alguns professores atuantes naquela escola há algum tempo. Afinal, ela prezava por um ensino rígido e formal, a começar pelas ameaças, constrangimentos e problemas psicológicos que causavam nos alunos ao direcioná-los para um conselho disciplinar e até expulsão da escola. Ou seja, tratava-se de uma escola que não estava preparada para cuidar das questões afetivas, psicológicas e cognitivas de seus alunos e o seu contexto familiar.
Além disso, naquela escola os alunos não se reconheciam como pessoas especiais. Demonstravam baixa autoestima, vergonha de falar sobre a sua vida ou família, fechavam-se em seu mundo e acabavam ignorantes e intolerantes na sociedade. Ou seja, a família estava distante das questões educacionais – o que dificultava ainda mais o progresso e rendimento dos seus filhos. Mas, será que esta realidade demonstrada no filme ainda acontece nos dias atuais? Infelizmente a resposta é SIM!
Particularmente acredito que o processo educacional será bem sucedido quando as relações dentro e fora da escola forem pautadas pelo respeito mútuo – entre professor e alunos; entre os alunos; entre os gestores, a população escolar e a sociedade. Afinal, ela tem o poder de ajudar às pessoas a fazerem uma tradução crítica das vivências que trazem em seu histórico familiar e social, mostrando-lhe a possibilidade de uma nova leitura do mundo e desenvolvendo em cada uma dessas pessoas a esperança de um mundo mais justo. Certamente que este não será um caminho fácil a ser trilhado, mas com amor, competência e planejamento certamente que o educador obterá êxito no trabalho desenvolvido.
Acredito ainda que é preciso encurtar a distância entre conteúdo programático e realidade e interesses dos alunos em sala de aula. Do contrário, o ensino será deficiente e a aprendizagem precária. É preciso observar o estilo de vida, o comportamento e o contexto familiar de cada estudante, oferecendo a este o devido respeito e valorização de suas potencialidades, como também ajudá-lo a rever e melhorar suas dificuldades, tendo sempre a família como aliada neste processo de ensino e aprendizagem.

Acho que os alunos querem um pouco mais de “calor humano” no sentido de atenção, solidariedade, compreensão, respeito, carinho, admiração, valorização das suas habilidades e competências e ser ajudado em suas dificuldades – ingredientes que geralmente não fazem parte do contexto familiar. E se o professor não estiver atento a estas questões e comprometido com o seu trabalho, certamente todo o seu planejamento de aula e carreira será frustrante, e a intolerância e a violência certamente estarão entre os muros da escola. Portanto, pense nisso e reescreva a sua prática escolar!

Entre os Muros da Escola

Entre os muros da escola é um filme que deixa uma sensação de desconforto porque sentimos que estamos ali, junto daquele professor, naquela sala de aula, assistindo como meros estagiários, uma realidade que logo será nossa. Uma observação que nos encarrega de pensar as problemáticas na estrutura da instituição e buscar propostas para uma melhor relação com aqueles alunos que demonstram pouco interesse ou que se deixam levar pelas situações do cotidiano, deixando interferir no ambiente escolar.
Falta nessa escola representada no filme uma postura democrática no corpo estudantil que envolva tanto os alunos, quanto os professores. O distanciamento entre eles fica claro quando há exclusão entre melhores alunos e piores comportamentos. Até a participação dos pais, em companhia de alunos durante as reuniões deixa claro que existe uma tentativa de diálogo entre instituição e família, aluno e professor, mas sem fugir do debate “comportamento do estudante em sala”.

Mesmo que não tenha um final que deixe uma solução para os problemas da escola, o filme nos traz questões não só de desigualdade social, mas questões que possibilitam o despertar de uma análise mais aprofundada, já que sem a capacidade de mudar o contexto social presente na vida dos alunos, nos apresenta à problemática.

sábado, 18 de novembro de 2017

O Machismo Continua em Alta

         A existência do machismo remota a tempos antigos, continuando muito presente na sociedade atual e no mercado de trabalho.
          Estudiosos como Xenofonte, discípulo histórico de Sócrates, em (354 a.C.), já defendia a tese de que para uma correta harmonia familiar o homem é o provedor social dos bens, cabendo a mulher geri-los convenientemente no âmbito doméstico. Para Xenofonte, o homem era preparado para via social na esfera pública e a mulher seria preparada para reclusão do lar.
      Tal preconceito se perpetua até a atualidade. Nas relações sociais é exigido da mulher um comportamento mais contido e discreto, enquanto que o homem tem muito mais liberdade de atuação. Na esfera do  relacionamento, uma mulher que teve muitos namorados é tratada como um mau exemplo, enquanto que o homem na mesma condição é exaltado e admirado.
        No mercado de trabalho o machismo também existe. Vemos exemplos em que um homem e uma mulher ocupam a mesma função, porém o salário do homem é superior. Outro exemplo comum é a opção de contratação do homem em razão de não precisarem se ausentarem em razão de gravidez.
        Esse preconceito tem que acabar. Numa sociedade moderna onde a mulher atua lado a lado ao homem na organização de tarefas domésticas, em que está inserida no mercado de trabalho a fim de ajudar no sustento da família não há mais espaço para machismo. Então, nada mais justo que homem respeite o espaço ocupado pela mulher na sociedade.

As Mulheres do Século XXI

A primeira idéia que nos vem à mente quando pensamos em mulheres neste início do século XXI é a da mulher urbana, trabalhadora, realizada e...